O Brasil apresenta uma distribuição regional bem definida na produção de gás natural, com destaque para o Rio de Janeiro como líder na produção marítima e o Amazonas como principal produtor terrestre. Essa divisão reflete as características geográficas e econômicas de cada região, além do potencial exploratório das bacias sedimentares.
Liderança do Rio de Janeiro na produção marítima
O estado do Rio de Janeiro é responsável por 76,38% da produção nacional de gás natural, consolidando sua posição como o maior produtor do país. A maior parte dessa produção vem de campos marítimos, onde o estado responde por impressionantes 90,58% do gás extraído no mar. Esses números são impulsionados pela exploração nas bacias de Campos e Santos, que abrigam reservatórios gigantes do pré-sal e contam com tecnologia avançada para a extração em águas profundas e ultra-profundas.
Entre os campos mais produtivos estão Tupi , Búzios e Mero, operados principalmente pela Petrobras e seus parceiros consorciados. O gás natural produzido nessas áreas é essencial não apenas para atender à demanda interna, mas também para exportação e reinjeção em reservatórios, visando aumentar a recuperação de petróleo.
Amazonas: liderança na produção terrestre
Já na produção terrestre, o estado do Amazonas se destaca como o maior produtor, respondendo por 55,44% do gás extraído em terra. A exploração ocorre principalmente na Bacia do Amazonas, uma das regiões mais ricas em recursos de gás natural no país. O estado possui infraestrutura consolidada, com gasodutos que conectam os campos produtores às indústrias locais e aos centros consumidores.
Outros estados também contribuem significativamente para a produção terrestre, como o Maranhão (22,71%) e a Bahia (10,61%), mas o Amazonas se mantém à frente devido à sua vasta extensão territorial e ao potencial ainda subexplorado de suas reservas.
Produção complementar em outras regiões
Além dos líderes regionais, outros estados desempenham papéis importantes na matriz de produção de gás natural:
- São Paulo: contribui com 7,08% da produção marítima e 8% da produção total .
- Espírito Santo: representa 2,15% da produção marítima e tem crescido como um polo estratégico para novos investimentos.
- Alagoas e Bahia: são relevantes na produção terrestre, com participações de 6,58% e 10,61%, respectivamente.
Brasil é um dos principais players no setor energético
A distribuição regional da produção de gás natural no Brasil evidencia a diversidade e o potencial do país como um dos principais players globais no setor energético. Enquanto o Rio de Janeiro lidera a produção marítima, graças ao pré-sal e à tecnologia offshore, o Amazonas se firma como o principal produtor terrestre, impulsionado pelas reservas da Bacia Amazônica. Essa complementaridade entre regiões reforça a importância de políticas públicas e investimentos que promovam a integração e a expansão da infraestrutura de transporte e distribuição, garantindo que o gás natural continue a ser uma fonte estratégica para o desenvolvimento econômico e sustentável do Brasil.
Um futuro energético mais limpo e competitivo depende dessa sinergia entre regiões e recursos!