Tão dinâmico e desafiador como ser mãe, o setor de comércio exterior também exige resiliência, conhecimento técnico e habilidades de liderança. As profissionais de comércio internacional não apenas equilibram carreiras exigentes com a maternidade, mas também enfrentam barreiras históricas em um ambiente predominantemente masculino. Hoje, elas são protagonistas de transformações no setor, ocupando posições estratégicas e inspirando futuras gerações.
Mulheres no comércio exterior
De acordo com dados da Organização Mundial do Comércio (OMC), as mulheres representam cerca de 37% da força de trabalho global no comércio internacional. No Brasil, esse número cresce significativamente em áreas como logística, compliance aduaneiro e gestão de operações internacionais. Apesar dos desafios, as mulheres têm demonstrado capacidade ímpar para liderar projetos complexos, coordenar operações globais e inovar em processos logísticos.
Um estudo da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) revela que 45% das empresas brasileiras envolvidas no comércio exterior têm pelo menos uma mulher em cargos de liderança, como a B&A Logística Internacional, que tem em sua diretoria Valeria Barbosa. Esse avanço é reflexo do aumento na participação feminina em cursos de comércio exterior, logística e áreas correlatas, onde as mulheres já representam mais de 50% dos alunos matriculados em algumas instituições.
Exemplos inspiradores de mulheres que aliam o comércio exterior com a maternidade
Entre as muitas histórias de sucesso, destacam-se mulheres que se tornaram referências no setor e usam no trabalho as lições aprendidas na maternidade. Confira alguns exemplos notáveis:
- Gestoras de operações logísticas:
Mulheres como Ana Clara Silva, diretora de operações de uma grande empresa de logística internacional, coordenam cargas complexas que conectam continentes. Ana Clara, mãe de dois filhos, afirma que “equilibrar família e carreira exige planejamento e apoio, mas também me ensinou a ser mais eficiente e resiliente.” - Consultoras aduaneiras:
O papel das consultoras aduaneiras é essencial para garantir conformidade regulatória e evitar penalidades alfandegárias. Maria Eduarda Costa, especialista em compliance e mãe de uma menina de 5 anos, destaca que “ser mãe me ensinou a gerenciar crises com calma e foco, habilidades que aplico diariamente no meu trabalho.” - Empreendedoras globais:
Empreendedoras como Carolina Mendes, fundadora de uma startup de exportação de produtos sustentáveis, expandiram seus negócios para mercados internacionais. Carolina, que também é mãe, conta que “o comércio exterior é um campo cheio de oportunidades, mas exige dedicação total. Ser mãe me ensinou a priorizar o que realmente importa.”
Desafios e conquistas
Apesar dos avanços, as mulheres ainda enfrentam desafios significativos no comércio exterior. Segundo a Associação Brasileira de Comércio Exterior (AEB), apenas 20% das empresas exportadoras brasileiras são lideradas por mulheres. Além disso, questões como a dupla jornada de trabalho (profissional e doméstica) e a falta de políticas públicas voltadas para mães trabalhadoras continuam sendo obstáculos.
Mesmo assim, as conquistas são notáveis. Dados mostram que empresas lideradas por mulheres têm 20% mais chances de se destacar no mercado global, graças à sua capacidade de inovação e adaptação. Essas líderes estão provando que é possível conciliar profissão e família, deixando um legado de dedicação e excelência.
